sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dança Pós-Moderna: liberdade para criar e se expressar



Eu queria ter feito um projeto de fim de período como este aí!
Os vídeos, as imagens e a montagem ficaram INCRÍVEIS!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A análise semiótica de Michael Jackson



A procura de fãs de Michael Jackson dançando em São Paulo, acabei encontrando isso aí no youtube.
É o clipe “Beat It" analisado por Marcos Mion, na época em que ele ainda apresentava o “Piores Clipes” na MTV.
Nada contra o grandioso ídolo do Pop, apenas achei MUITO engraçado o vídeo.
Vale a pena conferir e rir horrores!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pina Bausch


A ilustre coreógrafa e bailarina alemã, Pina Bausch, morreu no último dia 30. Ela foi responsável por universalizar a expressão artística dança-teatro. Em 1973, assumiu a direção do Balé de Wuppertal, que logo adquiriu o nome, de Teatro Dança de Wuppertal. Já que suas coreografias são uma junção original de teatro e de dança moderna, refletindo os sentimentos humanos.

“Não me interessa como as pessoas se movimentam, me interessa o que as movimenta”, era o que dizia Pina Bausch. Seu método de trabalho consistia, sobretudo, em provocar os dançarinos-atores para que dessem respostas físicas e verbais a indagações fundamentais do ser humano. Suas obras sensibilizavam o público pela leveza, pelo conteúdo humano e pelo estímulo à reflexão.

Entre as suas produções, destacam-se Komm tanz mit mir ("Vem, Dança Comigo", 1977), Keuschheitlegende ("Lenda de Castidade", 1979), Viktor (1986), ou Café Muller (apresentado no vídeo abaixo).

"Para mim, o mais importante é a vida. O que importa é compartilharmos nossos sentimentos, nossos medos e nossos desejos. Não tanto no sentido privado, mas no sentido coletivo. Se cada um for ao fundo de si mesmo, perceberá que há uma linguagem comum a todos, que todos falamos e através da qual nos entendemos e nos identificamos”. Pina Bausch










terça-feira, 7 de julho de 2009

Dança é pensamento? Dança é inteligência?


Passando pelo blog da professora Renata Rezende, pude conhecer um pouquinho sobre dois livros: Movimento Total de José Gil, e L`Ame et la Dense (A alma e a dança) de Paul Valéry.


Achei muito interessante a reflexão que ela faz sobre a ligação entre o movimento e o pensamento.


Quando Renata escreve:
"Valéry acredita que a dança não se limita a dar a pensar certos movimentos, impensáveis de outro modo, mas constitui uma maneira de os pensar, transforma em movimento de pensamento o que o pensamento comum do movimento comum não pode pensar e é, por isso, segundo ele, que a dança nos fornece o acesso aos “conhecimentos divinos” e é por isso que os coreógrafos têm o sentimento de pensar quando dançam. (...) A dança diz, portanto, um sentido, mas “divino”, desajeitadamente traduzido pela linguagem e pelo conceito, ao passo que se encontra por inteiro exprimido nos movimentos da bailarina. O movimento da dança é o movimento do pensamento na medida em que as suas “atitudes impossíveis” traduzem o pensamento “absurdo” que só o corpo dançante resolve. Ou seja, a dança torna legível para o olhar e para um corpo de pensamento, os movimentos incompreensíveis do corpo paradoxal."

Acredito ser esta relação, corpo, dança e pensamento, que Renata quis retratar com os leitores. Este pensamento implícito da dança é o que nos liberta e nos faz expressar tantos outros sentimentos que estão relacionados com ela. Quando cito no título do blog, "Dança é arte, expressão, força e liberdade", levo em consideração esses movimentos, muitas vezes impensáveis, que refletem de uma forma tão mágica, os nossos reais pensamentos.

Depois dessa análise, me recordo de um outro post, em que eu levantava a questão da dança ser considerada inteligência. Já que os passos se relacionam com a mente, já que os coreógrafos têm o sentimento de pensar quando dançam, já que o movimento da dança é o movimento do pensamento, porque não consideramos a dança uma inteligência?

Será que inteligente é somente o que faz parte do intelecto? Se inteligência é a faculdade do entender, compreender, pensar, raciocinar e interpretar com facilidade, por que dançar não pode ser considerado uma inteligência? Por que sempre relacionamos inteligência com escola, livro, lápis e borracha? Será que inteligência é só isso mesmo?
Ou nos ensinaram errado?

domingo, 5 de julho de 2009

Por que dançar faz bem?



Não era exatamente assim que eu gostaria que ele ficasse, mas foi como o ficou!
Ele tinha um fundinho colorido (que demorei horrores pra escolher) lindo.
Mas enfim, prestem atenção e vejam se não vale a pena dançar.

sábado, 4 de julho de 2009

Eu me remexo muito?

Ah finalmente ele nasceu.
Depois de pensar e repensar muito, eu consegui escolher uma música e juntar com vários vídeos.
Planejar a sequência das imagens e controlar o tempo delas de entrada na música ficou por minha conta.
Mas na hora de cortar e colar (editar) o vídeo, eu precisei de uma ajudinha. No caso, um amigo querido que só tenho a agradecer. Ele teve toda a paciência do mundo de fazer com que a minha ideia se tornasse realidade.
Depois de muuuito esforço, acho que conseguimos fazer um videoclipe!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Street Dance e Música Gospel

A estudante do Ifes, Kristiane Cardoso Rodrigues, 21 anos, faz parte do Grupo de street dance “Ministério Impulso”, vinculado a “Igreja Batista Central” em Nova Brasília, Cariacica. Meninos e meninas treinam a dança em uma sala da Igreja e se apresentam na rua com o intuito de evangelizar as pessoas.

“Primeiro nós dançamos “street dance” e depois músicas evangélicas. Para integração com o público, ainda realizamos um teatro dançado, e no final, conversamos com as pessoas sobre religião”, explica Kristiane.

O grupo “Ministério Impulso” já se apresentou em Pinheiros e Nova Valverde. No último sábado, houve apresentação em Nova Brasília, às 20 horas.
"Considero divertido e importante o nosso trabalho. É muito bom poder ajudar ao próximo e ainda dançar com meus amigos", afirma Kristiane.



O "Ministério Impulso" em uma das apresentações. Reparem que a Kris é uma das únicas de calça branca e blusa preta.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Lambadiando

Minha gente, a lambada voltou com força total!!!!
Surgida no Pará e desenvolvida em Porto Seguro, o ritmo nasceu nos anos 70, estourou no fim dos anos 80 e foi um sucesso nos anos 90, época em que o carnaval baiano lançava uma moda atrás da outra.



Lambada para...

João Brasil, produtor musical: “É um ritmo bastante tropical, super moderno”.
Loawla Braz, cantora de lambada do vídeo acima: “ A nova lambada, que une rock, indie e outros gêneros (de música e de gente) tem saldo positivo. É bom justamente pela mistura. A música do Brasil é bastante rica e forte porque a gente é misturado. Além disso, o povo está precisando dançar juntinho”.
Jaime Arôxa, professor de dança de salão (inclusive da minha entrevistada, Cida) e quem popularizou a lambada no Brasil: “Por mais que tenham tentado assassinar o ritmo rotulando-o de brega, a batida é poderosa e faz sucesso. 25% dos alunos que se matriculam na academia, optam pela lambada. Onde você chega, as pessoas são contaminadas. É uma dança muito sensual".
Devido ao enorme sucesso do ritmo no exterior, a lambada esteve presente em filmes, concursos de dança e shows. Caso você queira aprender, é só pesquisar vídeos de aulas no youtube. Porém, se você acha a lambada brega e tosca, procure pelo zouk (a lambada francesa). Pablito iria adorar ;)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Reciclando e fazendo mash-up!



Simplesmente sensacional!
Não consigo parar de ouvir e de me mexer...
Não percam a lambada (tema do próximo post) e a musicalidade de Dado Dolabella e Luana Piovani no vídeo do incrível João Brasil!

domingo, 28 de junho de 2009

A eterna dança de Carrie e Mr.Big


Para os fãs da série “Sex and The City”, posto o bailar da escritora Carrie Bradshaw e do seu eterno problemático Mr.Big.

Neste episódio, Big se despede de Nova York e liga para que Carrie o encontre em seu apartamento. Vasculhando discos velhos que seus pais ouviam, Big convida Carrie para dançar a última noite dos dois antes que ele viaje para morar em Paris.

É um episódio muito bonito, mesmo com despedida.
Enfim, para mim todos os episódios em que Mr Big aparece são lindíssimos.
Apesar de a Dona Shany preferir o Aidan, Big sempre será meu favorito. Relembrando o passado, acho que antes de nos conhecermos pessoalmente, eu me identifiquei com a Darshany por ela também ser apaixonada pelo seriado. (Shany é apaixonada por váários seriados, rs).

Eu dedico a ela o post e o blog que ela fez pra mim.
Lá tem uma foto mais bonita do casal central da série.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

21º Festival de Arraiás

O 21º festival de Arraiás aconteceu no último final de semana, no Sambão do Povo.
27 grupos estiveram na disputa, sendo que os três primeiros lugares, nas categorias quadrilha caipira e quadrilha de salão, receberam troféus.

Enquanto as quadrilhas inscritas na disputa caipira se inspiram nos trajes tradicionais (só que menos “jeca” que o normal), as quadrilhas da categoria salão são marcadas por roupas bonitas, com muito brilho.

Para quem quiser ver fotos de uma quadrilha muito animada, fica a dica o blog capixaba: “Arraiá da Pedra Lascada”.
Ahhhh e pra não dizer que não citei São João, na quarta-feira (dia 24) foi o dia dele!!!
E por isso, muitas festas juninas vão ser realizadas esse mês.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Balé na passarela

Entre os dias 25 de fevereiro e 03 de março, aconteceu a Semana de Moda de Milão. Procurando os melhores clicks, encontramos o estilista Rocco Barocco com seu desfile para o Inverno 2009/10. Entre as entradas das modelos que exibiram as peças da coleção, um grupo de balé cruzou a passarela.





quarta-feira, 24 de junho de 2009

Ano da França no Brasil traz Dança Africana



A companhia de dança africana Georges Momboye se apresenta no Teatro Municipal, em SãoPaulo neste final de semana (27 e 28 de junho). O grupo que já passou pelo Rio de Janeiro, segue turnê no dia 1º de junho, em Salvador. As apresentações realizadas fazem parte de eventos comemorativos do Ano da França no Brasil.

Com sede em Paris, o grupo criado em 1992 reúne dançarinos, músicos e cantores de Costa do Marfim, Camarões, Guiné e Senegal. O Momboye mistura a tradição da cultura africana a elementos da dança clássica, do jazz e do hip hop. A cia. já criou coreografias para videoclipes do cantor africano de reggae Alpha Blondy e da banda norte-americana de funk Kool and the Gang.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Sutilmente.



O novo clipe do Skank é sutilmente muito bonito!
Assim como o título da música, o clipe é simples e criativo.
Foge o padrão de histórias de romance e casais apaixonados dos clipes da banda.

Mas o que é mais interessante é o uso do balé ao fundo como caracterização e representação do que é dito na letra do Nando Reis, cantada por Samuel Rosa. As roupas coloridas em contraste com o resto preto encaixam bastante no que é dito na música, momentos de alegria e de tristeza.

Pelos comentários de algumas pessoas no youtube, os integrantes estão fixados pelas costas. Por isso não podem se mexer muito, senão caem. O comentarista ainda cita o clipe do Jamiroquai, como exemplo do efeito. Eu ainda não entendi exatamente como isso foi desenvolvido em nenhum dos dois clipes, mas enfim, se alguém entender, me explica!

Em outro comentário, um capixaba diz: SKANK é fenomenal...Curtem também MPC - Música Popular Capixaba e avaliem sem moderação.OS PRAZERES DA VIDA NOTURNA e MEU VELHO PAI, MEU VELHO AMIGO.Samuel o povo capixaba é SKANK a vida toda.

E vamos divulgar a música capixaba, né? Isso que importa.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Crônica: Quem era Michael Jackson?


Branco ou preto?
Pedófilo ou ídolo?
Ícone da música ou viciado em transformações?
Excelente dançarino ou louco de pedra?
A eterna criança ou o grandioso rei do pop?
Quem foi Michal Jackson?

A eterna busca por perfeição, fez com que Michael deixasse de ser negro. Mas como alguém muda de cor? Vitiligo? Até onde eu sei, vitiligo deixa manchas esparsas pelo corpo, e o tratamento da doença faz com que as manchas claras voltem a ficar da cor original da cor da pele. Sendo assim, como Michael conseguiu ficar branco?

Por que o astro sempre esteve tão insatisfeito com sua aparência? Por que tantas plásticas no nariz, nas bochechas, nos lábios, na testa, no queixo? Michael era alguém que não gostava de quem era. Acredito que quando criança foi tachado de feio pela família e pelos amigos. Pelo menos, foi isso que ele disse em entrevistas.

Os casamentos estranhos, com uma famosa e uma desconhecida, demonstram a intenção de compor uma família normal. Mas que normalidade é essa que coloca o filho para fora da janela de maneira completamente inconsequente? Aliás, quem era a mãe daquele bebê? Era Michael o pai da criança? Dúvidas e mais dúvidas que talvez sejam respondidas agora, após sua morte.

Michael foi uma criança que não teve uma infância comum. Com 9 anos, ele começou a fazer sucesso com os irmãos e daí em diante vieram shows, fãs, gritos. Michael cresceu com adultos. Mas por dentro, o que se via era uma criança. Mais tarde ele comprou o parque de diversões “Neverland” e assumiu dormir com criancinhas. Ele assumiu apenas dormir, disse que gostava de brincar com elas. Mas apesar de tudo, foi acusado de estupro e pedofilia. Verdade ou mentira?

Apesar de todas as contradições, Michael foi muuito querido por muuita gente no mundo. Se a vida pessoal do astro é lembrada de forma negativa, a vida artística
ficará guardada para sempre na memória de seus fãs.

Michael encantou gerações e transformou a ideia que existia de música e dança. Quando entrava no palco, o rei do pop parecia flutuar. Eram movimentos rápidos, exóticos, únicos de um rei. A sua voz ajudou na luta contra a fome na África e sua música se tornou um hino mundial.

Além disso, sua dança irreverente foi imitada por milhares de pessoas. Ele era o ícone, o exemplo a ser seguido por tantos outros. Com certeza sua dança é e será lembrada como uma das
coreografias mais marcantes da história. Foi usada como forma de expressão e transformação em várias comunidades, como é o caso de um presídio na Ilha Filipina de Cebu (vídeo acima). Onde 1500 presos homenagearam o cantor aos passos de Thriller.


Ele foi quem mais vendeu discos. Deve ser uma das três pessoas que mais possui fãs no mundo inteiro. E mesmo assim, morreu praticamente falido.

Michael Jackson era inexplicável. A sua vida se resume a uma montanha-russa do Neverland, cheia de altos e baixos, erros e acertos, medos e sonhos, como a de cada um de nós.
Agora quem sou eu para tentar entendê-lo ou julgá-lo?






Obs: Em um dos 861 comentários sobre a morte de Michael no blog deste site, encontrei um que achei interessante:

[Arylassa] [Pensilvânia] Sinto-me vazia. Michael era o amor de minha vida. Eu passava horas decorando suas coreografias. Era cansativo, mas me sentia inteligente. Mesmo preferindo ele preto. Mesmo com a terra o cobrindo, minhas fantasias serão eternas. ps. Espero que não cremem ele.


Dançar pode ser considerado inteligência?
(Não estou sendo irônica, mas apenas levantando um questionamento)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

E foi assim que terminou a noite de quinta passada...


A primeira impressão não foi a que ficou, graças a Deus! Meu primeiro contato com o Monobloco não foi dos melhores, mas dessa vez eu adorei, curti mesmo. Não sei se foi o grupo, a bebida, a companhia ou a disposição que me animou mais. Depois dos shows de Claudia Leitte e O Rappa, o Monobloco entrou em cena para finalizar a noite do Festival de Alegre.

Mesmo já sendo 5h da manhã e depois do pé d`água que tinha caído, o bloco animou a noite/o dia com todo o seu batuque e energia. E apesar de muita gente ainda estar disposta, acredito que eles (os componentes) foram os que mais aproveitaram o show! Achei incríveis as coreografias com os integrantes, as voltinhas pra lá e pra cá. Isso só demonstra o amor que eles têm por cantar e fazer o melhor no palco.

Vasculhando algumas coisas aqui sobre o grupo, descobri que ele foi idealizado em 2000 pelos integrantes da banda “Pedro Luís e a Parede”. Em 2007, os cinco Plaps (como são conhecidos) e os músicos que formam o grupo fizeram mais de 90 shows, uma média de quase oito shows por mês. O Monobloco mistura marchinhas tradicionais, com samba, xote, forró, funk, pop rock e MPB. (Vale a pena entrar no site e ler o Press Release da Assessoria de Imprensa para entender melhor).

Um beijo para Naty Pomp que estava lá e fe
z aniversário dia 14. Parabéns querida!
E uma pena não ter encontrado a Letícia Bazet para sambadiar comigo, né? Beeijos

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Capixabas Premiadas

Na quarta edição do Festival Nacional de Dança (Ballace), que ocorreu entre os dias 11 e 14 de junho, em Camaçari (BA), 11 peças capixabas foram premiadas.
A Escola CriDança conseguiu 3 primeiras colocações, 5 segundos lugares e 3 terceiros lugares. Além disso, a mesma companhia recebeu dois troféus, reconhecidos pelos jurados pela qualidade técnica e artística das obras apresentadas pela escola.
Além de tudo isso, a dançarina Malu Diascânio recebeu o prêmio de “Bailarina Revelação”, por ter conquistado o primeiro e o segundo lugar de uma mesma categoria.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Entrevista: Cida (parte 1)

Maria Aparecida da Silva, ou Cida (como prefere ser chamada), é a única educadora física do Estado que dá aulas de Dança de Salão. Cida, 50 anos, mãe de três filhos e avó de um menino, trabalha como professora de dança e de Pilates. Ministra aulas de dança de salão toda segunda-feira à noite na Ufes.

1- Como a dança entrou na sua vida?
Quando eu tinha 9 anos meu pai disse que iria me ensinar a dançar. Ele dançava divinamente. Podia ser mambo, rumba, rock, samba de gafieira, papai era “o cara”! No baile, as mulheres faziam fila para dançar com ele. Além de ser ótimo dançarino, meu pai tocava como ninguém. Acho que é por isso que minha irmã ainda toca instrumentos musicais e eu continuo dançando. O talento do papai foi dividido entre nós duas. No mesmo ano em que ele me ensinou a dançar, ele morreu. Acredito que antes de sua morte, me deixou de presente a arte da dança.

2- Quando criança, você chegou a frequentar alguma escola?
Então, depois da morte de papai minha mãe se casou com um homem que era Batista. A religião dele não permitia que eu dançasse. Porém, com 14 anos eu ganhei uma bolsa da Escola de Dança e comecei a dançar escondido.

3- Você teve influência de alguém para permanecer dançando?
Eu dancei numa Companhia em São Paulo até 1967. Neste ano, parei de dançar para fazer o Curso de Educação Física em Taubaté. Durante este período eu já estava envolvida com a dança de salão. Depois me mudei para São José dos Campos, foi lá que conheci uma advogada que dava aula na Companhia. Ela se arrumava para dançar, passava batom, usava salto alto, era como se estivesse indo para uma festa. Eu achava a iniciativa dela incrível. Ficamos amigas e dançamos juntas em São José dos Campos até 1971.

4- O que é a dança para você? Você também se arruma para dançar?
A dança é beleza, plasticidade. Arrumo-me para dar aula por influência da advogada. Por que não se arrumar para dançar? O prazer de dançar é tão grande, por que não se arrumar para dar aula? Dar aula para mim é como se fosse ir para um baile, uma festa.

5- Você considera a dança de salão algo técnico ou é necessário ter dom?
A técnica faz com que você dance. Uma pessoa que não sabe nada aprende. Mas quando você vê algo que é especial, que ilumina o ambiente, aí é dom. É como no esporte, tem os que jogam e os que dão espetáculo, estes últimos são os iluminados. Com o tempo, você pode aprimorar o dom com a técnica. E para os que acham que não possuem dom, é necessário querer e buscar, para que você o ache dentro de você. Quem quer e busca encontra o seu próprio dom onde estava “escondido”.

Entrevista: Cida (parte 2)

6- Você já observou a dança modificar a vida de alguém?
Sim, a do meu ex parceiro. A maioria das pessoas inicia as aulas de dança para perder a timidez, a vergonha, a inibição. A dança ajuda essas pessoas a vencerem seus obstáculos internos. Até porque, para começar você deve abraçar um desconhecido. Este era o caso do meu antigo parceiro, que venceu a timidez com a dança.

7- O que você acha ser necessário para dançar bem?
Em primeiro lugar, você deve querer dançar. Em segundo, deve procurar um lugar acolhedor e um professor com o qual você se sinta a vontade. Em último critério, é importante admitir que não sabe dançar. Você só tem força de vontade para aprender quando admite não saber.

8- O que é preciso para que a dança funcione de forma organizada e seja admirada pelos outros?
É necessário que os casais tenham respeito, habilidade, conquista e cerimônia um pelo outro. Dançar é como dirigir. Você deve imaginar que está dirigindo uma Ferrari e não um fusquinha. É como eu digo, deve tratar o parceiro como a Julia Roberts ou o Antônio Banderas. Com muito carinho, respeito e elegância. A dança não é apenas motora, mas sim uma atividade emocional e de respeito. A bailarina mostra a sensualidade de outra forma.

9- Como é apresentada a sexualidade na dança de salão?

Na dança de salão, a sexualidade é velada, trabalha com o coberto, com o misterioso. Há uma preocupação com a roupa, que é própria para dançar e auxilia os dançarinos.

10- Você acredita ter sido escolhida para dançar?
A dança parece que “vem” para mim. Já dei aulas em escolas para crianças, já ensinei forró para jovens, tango para casais, valsa para formandos e etc. Todo mundo que está ao meu redor acaba tomando gosto pela dança.

Para quem quiser conhecer a Cida (conheci hoje, mas ela é super simpática) pode ir nas aulas da Dança de Salão no Adufes ou no Studio de Pilates no Shopping Proeng Hall.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Coreografias Marcantes

Qual a melhor “Coreografia Marcante” segundo o site vagalume?

a) Rouge – Ragatanga
b) Los del Rio – Macarena
c) Village People – Y.M.C.A
d) Michael Jackson – Billie Jean
e) Sharon (Axé Moi) – Dança do Quadrado



segunda-feira, 15 de junho de 2009

caipir(inha)a



Ahhh que saudade!!
Dos bons e velhos tempos de usar roupa de “caipirinha” e dançar a quadrilha na escola. Melhor do que isso, só as aulas que nós perdíamos com os ensaios.
Brincadeira, nessa época eu ainda adorava aulas.

Mas os ensaios eram tão engraçados, divertidos e dinâmicos. A integração era tão real, esse contato “pele a pele” me contagiava.
A dança na infância leva ao espírito de equipe, a união, a graça, a alegria e a milhares de laços invisíveis que havia por trás da fotografia.

ps 1:Adivinha quem sou eu na foto?
ps 2: Se você encontrar mais uma pessoa do curso, te dou um brinde!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Quadrilha, dança de origem FRANCESA!



Ê meu povo, para quem pensa que quadrilha é dança regional e música da roça, tá muito enganado. Como se pôde ver no vídeo, o costume veio da Europa, como dança aristocrática, trazia influência de antigas danças folclóricas da Inglaterra, onde desde 1815 já era dançada, sendo porém de origem francesa. No Brasil ela foi trazida pelos mestres da orquestras francesas. Por isso que era (e acho que ainda é, de certa forma) marcada inicialmente em francês.
Como é o caso do passo alevantú.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Depois do gol, vem a dança!



Qual a melhor dança desse clipe?

a) A galinha cruzeirense
b) A dança da bundinha dos bambis são paulinos
c) O ballet do jogador do Sport

d) A rebolation dos palmeirenses
e) O cabeludo Sorin soltando a franga sem camisa
f) O saci pererê do Internacional
g) A dança do orelhão dos corinthianos

h) Tevez dançando salsa
i)
Qualquer outra coisa estranha que tenha observado nesse vídeo

terça-feira, 9 de junho de 2009

Dança dos Famosos - O tombo

Eu sei que assistir Faustão aos domingos é péssimo!
Poderia ter feito coisa melhor, mas parei para ver a Dança dos Famosos (talvez a única coisa que preste naquele programa).
Como perdi um dos fatos interessantes do quadro, posto aqui pra vocês analisarem comigo a execução da dança do ator português “famosidade” em novelas globais, Ricardo Pereira.




Como vocês viram, o ator e a bailarina Ana Flávia dançaram lindamente, até que o tombo aconteceu e a coreografia foi por água abaixo. Quedas são sempre terríveis e inesperadas. Espero que neste domingo tudo dê certo para os dois.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Solte a Stefhany que há dentro de você!

Depois de aparecer no Programa do Gugu, de ter sua música cantada por Preta Gil e Cláudia Leitte, Stefhany fica famosa nos blogs da Mariana e da Luísa.

Mas se você ainda acha tudo isso pouco, aí está sua chance de cantar, dançar e requebrar como ela:

Concurso Cover: Solte a Stefhany que há dentro de você!
Solte a Stefhany que há dentro de você. A cantora made in São José do Piauí faz seus próprios vídeos e coloca todo mundo da cidade para participar. Ela caiu na boca do povo na Internet e agora tem direito até a concurso de cover! Entre na brincadeira: grava seu vídeo e mandaê!

Não gente, não é mentira. Já existem 35 vídeos no youtube com cover da rainha Stefhany. Mas é claro que nenhum deles chega aos pés de todo o glamour que só ela tem!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Para os que dizem que Malta não tem vida noturna...

Como prometido, tá aí o vídeo do turco..


Depois de 2 horas esperando ele chegar por msn e mais sééculos esperando ele ser concluído aqui no blog, consegui postar!
O vídeo é realmente excelente...ele misturou fotos e vídeos do Hugo´s Lounge (boate lá de Malta) com 4 músicas (de ritmo árabe). Sensacional!!

Eu sou suspeita a falar do vídeo porque conheço várias pessoas que participam dele e porque me apaixonei pelas músicas. Acho que é por isso que gosto tanto.

Mas vale a pena esperar e assistir, galera!
Obs: O vídeo não está no youtube, porque o site não funciona na Turquia!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Tiro a batina e danço




Vi na "A Tribuna" ...

O padre indiano, Joachim Andrade, de 46 anos, diz aplicar liturgicamente a dança. "Faço as pinturas, maquiagem e me visto a caráter para compor o cenário. Quando danço sou um bailarino. Essa é uma forma de apresentar os temas católicos”.

Joachim nasceu no sul da Índia e é padre desde 1992. É graduado em Filosofia, Teologia e Literatura Inglesa. Possui mestrado em Antropologia Social e doutorado em Ciência da Religião. E para completar, especialização em dança indiana.

O sacerdote conta que seu interesse pela dança surgiu a partir de uma curiosidade pessoal sobre a forma como outras religiões se expressam. E tem forma melhor para se expressar do que a dança?

Apoio muito o novo ideal de Joachim. Ele foi revolucionário e aplicou o que eu venho dizendo sempre: utilizou seu corpo para expressar algo que vem da alma, uma ideologia, uma força espiritual.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Stefhany: a coreógrafa!



Qual a melhor coisa desse clipe?

a) A entrada de Stefhany a la Caminho das Índias com É o tchan.
b) A imensa criatividade de gravarem na quadra esportiva da escola.
c) A coordenação, a animação e o belíssimo figurino das Stefhanetes.
d) A total inovação da coreografia, em várias partes parecendo Macarena junto com axé
e) O final mais que surpreendente!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Balé da Cidade

Se ontem eu falava do projeto no Distrito Federal, hoje eu me mudo pra Sampa e abro um espaço para o Balé da Cidade. Eles vão se apresentar nos dias 5,7 e 8 de junho no Teatro Municipal com quatro coreografias.

Entre elas está “Frágil” de Itzik Galili. Vasculhando o blog agendacult, achei um vídeo excelente dessa companhia (A linha curva) e desse mesmo coreógrafo israelense (Itzik Galili).
Apesar do texto do blog ter sido escrito em 2007 e de naquela época o espetáculo ter sido de graça, acho que vale muito a pena conferir!

E se alguém quiser se jogar pra Sampa no fim de semana, eu animo muito!! Até porque os ingressos do espetáculo custam de 10 a 20 reais. Então o investimento é praticamente só das passagens.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Dança e Cidadania

Não era o que eu planejava pra hoje, mas foi o que aconteceu

Fui ao dentista, consulta de revisão.
Sentei na cadeira, abri a boca, e depois de sofrer um pouquinho, cochilei enquanto ele falava ao telefone.
Do outro lado da linha (que expressão antiga essa, meu Deus!) alguém comentava sobre o novo projeto dele.
A criação de uma ONG, a busca por patrocinadores. Algo realmente interessante.
Depois que acordei e abri a boca novamente ele me explicou tudo. O projeto visa melhorar a condição da saúde bucal de moradores das comunidades que ficam ao redor da clínica.
O trabalho já começou. Pelo que me disse, houve até festa com pula-pula, cachorro-quente e tudo que toda criança merece.

Achei bem legal a iniciativa. Depois que levantei fiz mais umas mil perguntas e entendi o programa todo. Aí pensei: Será que alguém já fez uma ONG ou elaborou um projeto que utilizasse a dança como elemento transformador?

Aqui em Vitória eu não sei, mas lá no Distrito Federal a coisa anda fluindo bem! O projeto núcleo de Dança e Cidadania ensina gratuitamente jovens de escolas públicas de 13 a 18 anos a dançar. No blog da Academia "Estilo e Dança" achei uma matéria incrível que saiu no Correio Braziliense sobre o assunto. O texto conta com excelentes depoimentos, de como a dança pode mudar a vida de alguém:

“Eu e minha mãe estamos desempregadas. Mas sempre dou um jeito de vir às aulas, a dança mexe com o nosso lado humano, você aprende a respeitar os limites do outro e a quebrar preconceitos, a ver que é lindo dançar junto”.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Um pouco mais sobre o Dia Mundial da Dança


No blog do português, Fernando Martins, encontrei dois posts muito interessantes.

Um em que ele comenta sobre o Dia Mundial da Dança e aconselha que: "se puder, hoje, mesmo em casa, dance um bocadinho para celebrar o dia. E verá que, afinal, uma simples dança pode mudar o ritmo da nossa vida".

No outro, ele coloca o poema de Afonso Lopes Vieira, sobre o bailar do vento.
Segue um trechinho:
O vento é bom bailador,
Baila, baila e assobia,
Baila, baila e rodopia,
E tudo baila em redor!
E diz às ondas que rolam:
- Bailai comigo, bailai!
e as ondas no ar se empolam,
Em seus braços nus o enrolam,
E batalham,
E seus cabelos se espalham
Nas mãos do vento, flutuando
E o vento as deixa, abalando,
E lá vai!...

Fernando Martins é um verdadeiro exemplo para Malini, só no ano de 2008, postou 1576 vezes!! E além disso, seu blog aborda temas super variados, entre eles, a religião é um dos mais presentes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Dia Mundial da Dança



Eu sei que estou atrasada!
O Dia Mundial da Dança aconteceu dia 29 de abril (época em que o blog ainda nem existia).
Mas achei esta foto e esse trecho sensacionais, nesse biblioblog super criativo.
" O espírito da dança não tem cor, forma ou tamanho, mas envolve o poder de unir, e também a força e a beleza que se encontra em nós. Cada alma que dança, jovem, velha ou de uma pessoa incapacitada, cria e transforma ideias em movimentos artísticos que podem mudar as nossas vidas "

Gladys Faith Agulhas, bailarina e coreógrafa sul-africana.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Dança do Ventre

A dança do ventre sempre me encantou!
Eu até cheguei a fazer uma aula experimental ano passado, mas por falta de tempo, desanimei. Coisa que não devia ter feito.

Enfim, a dança teve origem entre 7000 e 5000 a.C, em regiões do Oriente Médio. Como Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia. O objetivo era preparar a mulher para se tornar mãe através de ritos religiosos.

Há uma hipótese de que no Antigo Egito, as mulheres realizavam movimentos de ondulações abdominais como treinamento para as contrações do parto. Ainda hoje, tribos no interior do Marrocos realizam rituais de nascimento, em que mulheres se reúnem ao redor da parturiente e cantando e dançando, estimulam a futura mãe a ter um parto saudável.

No Brasil, a dança se popularizou ainda mais durante a exibição da novela “O Clone”, que foi escrita pela mesma autora do sucesso “Caminho das Índias”. Na época, a personagem principal era Jade, uma muçulmana marroquina que se apaixona por um brasileiro. Jade, assim como Maya, também engravida de um e é obrigada a se casar com outro. E para os noveleiros de plantão, as duas novelas têm várias coisas em comum, além de muito ouro, é claro!
O estilo brasileiro de dançar é considerado ousado, comunicativo, bem-humorado e rico de repertórios e movimentos. Além de muita gente achá-lo sedutor, feminino e super sensual.

Para quem quiser aprender dança do ventre aqui em Vitória, recomendo as aulas da professora Bianca Campagnoli, em Jardim Camburi (3347- 3335). Tem diversas horários diferentes e ela é ótima, assistam o vídeo!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dança e Futebol


Já que aqui dança é coisa de homem, por que futebol não pode ser de mulher?

Foi só pensar no tema que lembrei de um post da Luisa. Ela discutia o aumento do número de torcedoras em estádios e botecos. Hoje, nós não vamos apenas acompanhar nossos namorados e maridos, mas temos o poder de escolher, vibrar, torcer pelo time que quisermos.

Assim como Chico Buarque, eu e a Letícia somos torcedoras do Fluminense. Foi com a Lety (com seu antigo cabelo comprido) que assisti no Maracanã a final da Taça Libertadores no ano passado. Apesar do Flu não ter ganhado, estar lá e presenciar a enorme festa feita pela torcida foi maravilhoso e emocionante.

De uns tempos para cá, tenho analisado o futebol como uma arte diferente. Acredito que ele seja tão movimentado quanto à dança e proporciona uma alegria imensa na plateia. Ele é momentâneo quanto os passos do balé, em que um pequeno toque de leve pode dar a bola ao adversário. Em que um passe errado, leva o tombo da bailarina (o).

Um tombo mesmo. Gigantesco. No estilo daquele que o Flu levou nesse domingo. Perder de 4 a 1 é se entalar com o peixe na garganta. Um Peixe grande, daqueles que o Elton conhece bem. E se ele acredita que o Santos ainda não mostrou a que veio, nós tricolores já entendemos o suficiente.

Para não terminar o post com a tristeza da derrota do Flu, deixo um vídeo muito engraçado que meu amigo são paulino, Filipe, me mandou há muito tempo. Entre um pai corinthiano e uma mãe são paulina, o menininho de menos de 2 anos prevalece sua opinião sobre o “Taaantos”.
http://www.youtube.com/watch?v=3daYKF21qJQ&feature=related
O vídeo é muuito engraçado, gente! Uma pena não conseguir colocar ele aqui agora. Ele tem menos de 1min, então por favor ASSISTAM!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Brasileiro no Royal Ballet de Londres

Folheando uma Istoé deste mês, achei um cara interessante!

Ele é niteroiense, tem 27 anos e um abdômen definido. Até aí poderia estar falando de qualquer ator global que mexe os ombrinhos na novela das oito, ou nove. Mas ele não, ele optou por uma carreira diferente. Talvez bem mais difícil que a nossa, a dos jornalistas.

Thiago Soares é um dos principais nomes da dança mundial e estrela do Royal Ballet de Londres. Ele é o primeiro brasileiro a protagonizar um balé exibido nos cinemas. Junto com sua noiva, a argentina e bailarina, Marianela Nunez, Thiago estreou ontem “O lago dos cisnes”, no Reino Unido. O filme será exibido também nos cinemas da Áustria, Alemanha, Holanda e Noruega. Pergunto-me: quando veremos o brasileiro nas nossas telonas?

Este é um dos vídeos mais bonitos que achei do casal. É uma pureza de movimentos, uma história contada sem nenhuma palavra.

O moço que já foi capa da revista americana Time, terá sua história de vida transformada em documentário produzido pela rede BBC. É muito gratificante ver um brasileiro ser reconhecido lá fora. Principalmente por ter certeza que não foi jogando bola, nem desfilando em passarelas.

Pra quem imaginava que balé era coisa de menina ou de bicha, Thiago veio pra mostrar o contrário! E se eu escrevia no último post que o grande dia era delas, me corrijo e digo que o dia é delas e deles. Sem preconceitos e amarras. Porque o balé é para todos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Crônica: O Espetáculo


Aquele era o grande dia, o dia delas!
De todas aquelas meninas e moças subirem no palco e apresentarem suas coreografias decoradas. Eram roupas de festas, aparatos, leques, castanholas, véus, maquiagens, sapatilhas, oras de ponta, oras sem ponta. O que eu esperava, era que tudo saísse perfeito, se é que perfeição ainda existe em algum lugar.

Havia tantos sonhos por detrás daquilo tudo, o sonho de um dia se tornar uma bailarina de verdade. De se apresentar em um teatro enorme, de ser reconhecida, de pisar em lugares diferentes. E claro, de poder expressar todo o seu sentimento apenas com o corpo, e por que não, também com a alma?

A dança para elas podia ser muita coisa. Ou uma obrigação imposta por alguém, geralmente a mãe, ou uma forma de relaxar, ou até um encontro com as amigas. Para meninas de 10, 11 anos, a dança podia significar infinitas coisas e era naquele dia e naquela hora que elas deveriam mostrar para o Teatro Carlos Gomes inteiro o porquê de estarem ali.

Depois de aulas, treinamentos, erros, tombos, dores musculares, pressão psicológica de professores, várias menininhas deviam levantar a cabeça, entrar no palco e arrasar! Era o grande momento de se apresentarem na frente de pais, familiares, avós, tias, amigas e etc. E claro, qualquer errinho não deveria ser percebido por ninguém.

Eu estava ansioso. Era tanta gente nova trabalhando. A academia era grande o suficiente que eu cheguei a ficar confuso. Tinha a direção artística, a professora de ballet, a professora de sapateado, a professora de preparação física, a professora de jazz, a secretária, a equipe de fotografia e filmagem, os meninos da sonoplastia, os outros meninos da iluminação, a confecção de figurinos e etc. Todos me rodeavam de um lado para o outro exercendo sua função e eu não sabia direito como ajudar.

Além de todos que trabalhavam pela escola de Dança Monica Tenore, ainda tinha a ficha técnica do teatro: um diretor geral, um supervisor, uma oficial administrativa, um técnico de som, os técnicos de luz, a camareira, o cenotécnico, a bilheteria e a portaria. Ufaa! Aquilo tudo a minha volta me dava um pouco de desespero. Mas diante de tantos outros momentos de glória e alegria que passaram sobre meus olhos, eu estava confiante que tudo daria certo.

Eu e as meninas iríamos apresentar o “Ballet O Quebra-Nozes” e o “Musical Grandes Bailes”. No total, eram aproximadamente 100 pessoas que subiriam no palco naquela noite, entre solistas, coreógrafas e bailarinas. Nós iríamos apresentar Dança Árabe, Dança Chinesa, Dança Francesa, Dança Espanhola, Ballet, Jazz e sapateado.

Eram várias turmas que juntas me formavam e me completavam. Havia o grupo das Garçonetes, das Vendedoras de Cigarros, das Damas de Vermelho e das Ladies. Todos eles compostos por dançarinas. O grande fechamento aconteceria com a apresentação de “New York, New York!!!”, clássico de Frank Sinatra, com a participação especial da criadora da escola, a Monica Tenore. Ela que largou São Paulo e venho morar em Vitória em 1980.

No grupo das Vendedoras de Cigarros, um fato “especial” aconteceu. Em uma das salas dos bastidores, as meninas esperavam pela apresentação. Lá em baixo era tanto corre-corre, gente se posicionando pra lá e pra cá. Faltava pouco.

O primeiro toque estava dado. Todas deviam descer para o primeiro andar e ficar em sua posição. Nesse instante, uma das meninas ia ao banheiro retocar a maquiagem e fazer xixi. Ansiedade de principiante. Vontade de fazer xixi o tempo todo. Sabe como é...

Foi só levantar o vestido e abaixar a meia-calça que o problema começou. A unha da dançarina puxou um fio da meia e sem mais nem menos ela rasgou até seu pé. E agora? O que uma menina de 11 anos devia fazer? Não ligar pro que tinha acabado de acontecer e se apresentar com a meia rasgada ou pedir socorro e trocar de meia?

O perfeccionismo da menina falou mais alto. Ela devia estar perfeita. Até porque deveria abrir a apresentação junto com as moças maiores. Dentre as sete “Vendedoras de Cigarro”, apenas ela e mais duas amigas entrariam na abertura com as caixas. Era uma pequena encenação de um bar antigo, em que a melhor parte de todo o elenco de dançarinas iria atuar.

A menina da meia rasgada não podia trocar de função com outra, até porque qualquer uma de suas companheiras não saberia ao certo o que deveria fazer. Ela tinha que arranjar uma solução para aquele problema imediatamente. Foi quando apareceu uma das “Damas de Vermelho” para ajudá-la. Este “anjo” que apareceu para a menina foi procurar uma outra meia-calça preta, com a qual ela pudesse se apresentar.

Lágrimas rolaram pelos olhos da garota. E uma amiguinha gritou: ”Pare de chorar agora, senão além de dançar com a meia rasgada vai sair nas fotos com a maquiagem borrada!”. O desespero da garotinha só aumentava. Eu ficava ainda mais nervoso, porque não sabia como agir. Eu objeto tão abstrato e ao mesmo tempo tão dançante. Não conseguia me mover.

O segundo toque foi dado. Já era para todas as meninas estarem em sua posição dentro do palco. A garotinha da meia rasgada engoliu as lágrimas e desceu correndo. No meio da escada a “Dama de Vermelho” lhe entregou uma nova meia preta para vestir.

Não havia muito tempo. Eu estava prestes a começar e não sabia se a minha amiguinha conseguiria colocar a nova meia em menos de 30 segundos. A pressão diante da menina era enorme. Ela ia abrir a apresentação sentada no chão. Com as mãos apoiadas na sua perna. Ou seja, com meia rasgada ou sem meia o estrago ia ser gigantesco.

Ela correu. Sentou no chão. Tirou a roupa toda. Ficou completamente nua. Ali no meio do palco. Sem pudor, sem medo das luzes ou de olhares que a reprovassem. Em menos de 30 segundos, colocou a meia nova, os sapatos, o vestido, as luvas e pronto. O terceiro toque foi dado. Neste momento, as luzes se acenderam, as cortinas se abriram e eu entrei em cena orgulhoso.

Sabia que para cada uma daquelas meninas o dia era especial e único. Era a apresentação de fim de ano da Escola e além de glamour e coreografias, havia suor, paixão, coragem, medo e dor por detrás de mim. Eu era o fim de todo um treinamento. Era a expectativa que todos aguardavam.

Carreguei nas costas os erros e os acertos. A meia rasgada, um tropeço ali, um deslize aqui, mas deixei muitos sorrisos, abraços e lágrimas de felicidade.

No fim, tudo deu certo. Depois de vários números de dança, as meninas desceram do palco e abraçaram suas mães. O sorriso estampado no rosto delas me deixava imensamente feliz. Eu sabia que era o fim de mais um dia de festa. No próximo ano haveria outro espetáculo da mesma Escola, que eu esperava que fosse ser tão maravilhoso quanto eu fui!

Era só uma menina
E eu pagando pelos erros que eu nem sei se cometi
Era só uma menina
E eu deixando que ela faça o que bem quiser de mim
Se eu queria enlouquecer essa é a minha chance
(Paralamas do Sucesso – Romance Ideal)

Evento: X Festival da Escola de Dança Monica Tenore
Data: 10 e 11 de dezembro de 1998
Local: Teatro Carlos Gomes – Vitória – ES
Horário: 20h30
Menina da meia rasgada: Júlia Lost

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Rumba



Após vencerem um concurso de dança, Fiona (Fiona Gordon) e seu marido Dom (Dominique Abel) sofrem um violento acidente de automóvel. Ela perde uma perna e ele a memória. A partir daí, ambos terão de passar por uma série de adaptações físicas e mentais para continuar tocando suas vidas em frente. O mais inusitado disso tudo é que, mesmo com esta trágica sinopse, Rumba é uma comédia. Acredite se quiser. Uma co-produção franco-belga que propõe um humor muito particular. Negro, muitas vezes cruel, quase mudo.

Li vários comentários excelentes e outros bem ruins sobre o filme.
Mas fica a dica para quem gosta de dança e de comédia!
Acho que tá passando no Metrópolis às 21h.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Danças por Malta - parte 2



Continuando as histórias dançantes de Malta...

Descobri porque não encontrei o vídeo do turco no youtube ontem. Segundo ele, lá na Turquia o site não funciona. Agora não pergunte o motivo porque eu não faço a menor ideia.
Ele ficou de me encaminhar o vídeo por e-mail e eu estou aguardando ansiosa para mostrá-lo para vocês. É uma mistura de fotos, vídeos de boate e música turca, uma delícia, um "mash up" incrível! E olha que eu já tinha previsto o vídeo antes da aula de hoje.

Mudando um pouco a vertente da dança e permanecendo com a memória em Malta, queria comentar sobre um espetáculo que assisti lá, o Knights of Malta Show. É uma apresentação musical, com direito a cavalos, fogos e um excelente jogo de iluminação que conta a história de Malta. Seus costumes, a luta de espadas, os cavaleiros, as belas donzelas e uma senhorita que narra e canta o que aconteceu ao longo dos anos com seu país. Algo como uma peça da Disney, com dança, música e muita alegria!

Parte da dança me lembrou as típicas italianas, principalmente pelo vestuário. E em outros momentos as moças apareciam dançando a famosa Dança do Ventre, o que eu já tive o prazer de experimentar uma vez. E espero escrever mais sobre ela aqui no blog em breve.
Essa mistura de danças no mesmo espetáculo representa a luta de diferentes povos pela ocupação do mesmo território.

obs: as fotos estão ruins pq a anta aqui não sabia mexer direito na máquina, sorry!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ahhhh Malta



Foi só falar em intercâmbio que me bateu uma saudade...

Quando decidi ir pra Malta nem tinha conhecimento da vida noturna daquele lugar.
Malta, apesar de ser o país mais católico do mundo e possuir 365 Igrejas, é um lugar bem badalado!

Um blog que eu achei antes de ir e me incentivou a viajar foi Retratos e Relatos. Esse blog é excelente! É de uma brasileira que mora na Alemanha e já viajou por vááários países da Europa. Tem fotos lindíssimas e várias dicas.

No inverno europeu, a temperatura em Malta não é tão baixa, em média 13 graus. Por isso, muita gente vai visitar a ilha para fugir do frio. O país se tornou independente da Inglaterra em 1964. Mas a sua história é muita mais antiga. Para quem quiser conhecer um pouco mais da história, passe no blog mikix.

Mas vamos lá, voltando ao tema principal do nosso blog: DANÇA!
O que Malta pode te oferecer??
Se você gosta de música de boate, a melhor coisa é ir pra Paceville. Lá as casas noturnas ficam abertas até tarde, funcionam todos os dias da semana e SÃO DE GRAÇA!!
Isso mesmo gente, é como se fosse um Triângulo das Bermudas onde você pode entrar e sair de qualquer boate sem pagar nada.
E pra melhorar, você pode voltar bêbada feliz e contente sozinha pra casa, que nada irá te acontecer! Acho que eu estava no paraíso e não sabia...ou melhor, estava na Ilha de Lost, como apelidou carinhosamente um amigo meu de Uberlândia que atualmente mora lá.
Créditos para ele da foto acima, que é a porta de entrada do Hugo´s Lounge. Um dos atrativos da vida noturna de Malta.
Se você quiser conhecer a parte interna do Hugo´s assista este vídeo feito por um turco: http://www.facebook.com/video/video.php?v=130538220606&ref=nf
Infelizmente eu não consegui achar o vídeo no youtube, então fica restrito a quem tem facebook.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Dançando na chuva (versão fofurinha)

Apesar de não gostar muito de musicais antigos, adoro a coreografia de "Dançando na Chuva". É realmente maravilhosa. Quando fui procurá-la no youtube, achei uma nova versão:




Simplesmente, me apaixonei por essas crianças dançando sapateado. Lembrei do tempo que eu dançava também. Este Espetáculo se chama "Um Presente Para Você!" da Academia Dance (Simone Matheus), Campos dos Goytacazes - RJ. Ele foi apresentado em setembro de 2007.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Gota D'água (teatro+música+dança)



Depois de misturar dança com poesia, com filme e com música, chegou a hora da tentativa de misturarmos com o teatro!
Por isso lembrei da peça "Gota D'água" que assisti ano passado, que faz essa relação de música e interpretação. E que consequentemente tem também a presença da dança em cena, o que a torna menos dramática e mais leve para o público.
Acredito que a dança traz para para o teatro a parte cômica e menos trágica.

OBS: Para os que assistiram o teatro aqui em Vitória, reparem que os atores são diferentes!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Virada Cultural 2009

A Virada Cultural 2009, que aconteceu em São Paulo entre os dias 02 e 03 de maio, reuniu centenas de apresentações culturais. O evento durou 24h ininterruptas e teve diversas atrações espalhadas por vários pontos da cidade. Entre eles a Avenida São João, o Teatro Municipal, o Largo do Arouche e a Praça da República.

No
blog do Leonel encontrei fotografias 'bem bacanas' do evento, não apenas de dança, como também de lugares, pessoas e artistas que se apresentaram por lá. Vale a pena conferir!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Just Dance

Eu esperava que o meu fim de semana melhorasse.
E acho que realmente melhorou, pelo menos no quesito dança.

Sábado eu conheci a mais nova boate de “Vix”, a Casa Clube. Mais nova para mim, que vivo atrasada nesse tipo de “rock”, mas sua estreia aconteceu dia 25 de março. É aquela boate que as pessoas comentam que tem os cômodos de cabeça para baixo no teto, sabe? Eu sei que esse tipo de assunto não faz parte do Universo Comunicação Social UFES, mas fazer o que? Nesse final de semana foi a dança que pude admirar.

Dança de boate não é sempre coordenada ou ritmada. Dependendo da quantidade de bebida ingerida ou de quantos cigarros você fumou, a dança pode ser um desastre. Em uma boate, pessoas te empurram, saltos finos entram no seu dedinho do pé, e claro, muitos loucos aparecem. Mas a ausência do álcool também apresenta fatores negativos. Há pessoas que ficam quietas, introspectivas, sérias se não bebem nada. Não estou aqui falando mal de bebidas alcoólicas, elas podem ter um enorme valor social. Vai dizer que o empurrãozinho que um alguém te deu nunca ajudou em alguma coisa?

Uma das músicas que marcaram a noite de sábado e também do meu intercâmbio no início do ano, foi Just Dance de Lady Gaga. O clipe representa bem esse “mundinho sujo” de boate e considero bem dançante.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dança Comigo?


Uma linda instrutora de dança e um angustiado trabalhador.
Ele cansado da vida e ela “cheia de vida” para apresentar a ele.

É basicamente essa a história do filme “Dança Comigo?”, do diretor Peter Chelson. Em que Richard Gere interpreta John Clark, um advogado angustiado com a vida monótona que leva. Casado, John mantém uma relação estável e sem graça com sua mulher, Beverly, interpretada por Susan Sarandon. A vida começa a melhorar quando conhece Paulina (Jennifer Lopez), uma bela professora que faz com que ele inicie as aulas de dança de salão. Na vida de John, a dança age como um fator transformador. Ela faz com que ele relaxe. Ou seja, torna a vida dele mais leve, agradável e tranqüila. Apesar das desconfianças da mulher, John acaba persistindo nos novos passos no salão. Bailar se torna algo importantíssimo, não apenas pelo seu interesse implícito pela professora de dança. Mas porque ela, a dança, é quem realmente renova sua vida.

Apesar de não ser meu filme favorito e de não ter gostado do final tanto assim, acredito que dançar pode transformar muita gente, inclusive eu. A relação que temos com nosso corpo e com nossa alma deve ser tratada da mesma maneira. A alma interfere o corpo da mesma forma em que o corpo interfere a alma. Por isso, é necessário que haja um equilíbrio. Trabalhar loucamente sem tempo para realizar seus sonhos e prazeres não é viver bem. Passar o dia todo sentado na frente do computador também não é algo que faz bem. Falando nisso, a semana acabou e eu não descolei a bunda da cadeira. Essa falta de tempo é algo que realmente me incomoda.
Quem sabe no final de semana a situação não melhora né?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Ela é dançarina

Que Chico Buarque é brilhante, eu nem preciso comentar. Além de possuir um par de olhos de azuis de fazer inveja em qualquer um, Chico sabe escrever músicas como ninguém. Entre uma de suas maravilhas está “Ela é dançarina”, escrita em 1981.

“O nosso amor é tão bom
O horário é que nunca combina
Eu sou funcionário
Ela é dançarina
Quando pego o ponto
Ela termina
(...)
No ano dois mil e um
Se juntar algum
Eu peço uma licença
E a dançarina, enfim
Já me jurou
Que faz o show
Pra mim”

A música trata de uma relação amorosa em que ele tem um trabalho diurno, de funcionário público, e ela se apresenta a noite, como dançarina. E por diversas vezes, os dois têm dificuldade de ajustar o horário para ficar junto. A solução dada por Chico ao casal é ele tirar uns dias de folga e ela fazer um show particular para o amante.

Nada mal, né? Dançar com o amante realmente é algo que deve valer muito a pena! Então, por que não começar agora? Escolha sua dança favorita e chame seu par. Dançar é algo gostoso e excitante. Quem sabe um não apoia o outro na dança e a parceria se torna mais proveitosa na vida particular?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Baila Comigo?

Como toda boa estreia, o blog começa atrasado. Mas não é por isso que vamos abaixar a cabeça e sair do palco. Já que é pra dançar, chegue perto e não se acanhe. Os problemas aqui são para ser resolvidos. Viemos pra relaxar e rir. Ou talvez tirar do peito e expressar todo o sentimento que guardamos por dentro. Queremos é nos libertar das amarguras da vida e buscar energia e força para o dia-a-dia. Ou quem sabe, tonificar músculos, buscar disciplina e ganhar rigidez.

Aqui é você quem escolhe a dança, se ela é feita de movimentos suaves e delicados, ou fortes e estrondosos. Se ela se encaixa em um filme histórico, uma música baiana ou uma apresentação de rua. A dança é quem traz o movimento do corpo de forma ritmada. Quem se move junto com as outras artes e se comunica sem dizer nenhuma palavra. Dançar não tem idade, nem corpo perfeito, nem lugar correto. Ela é livre das armadilhas do tempo. É só balançar os quadris e se deixar levar.